quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Posted by Unknown |
         
“Como tenho por justo sentir isto de vós todos, porque vos retenho em meu coração, pois todos vós fostes participantes da minha graça, tanto nas minhas prisões como minha defesa e confirmação do evangelho.” (Fp 1:7)

Essa afirmativa de Paulo indica ainda por completo quão perto ele se sentia dos Filipenses espiritual e emocionalmente. Embora distante deles fisicamente, ele percebia uma unidade em Cristo que ultrapassava toda explicação. Em Cristo, a "unidade do Espírito" e a experiência de ser "um corpo em Cristo" com estes crentes não eram destruídas pela distância.

Assim, Paulo compreendia por que ele se sentia tão perto destas pessoas. "E justo", disse ele, "que eu assim pense de todos vós, porque vos trago no coração." Em outras palavras, Paulo dizia: "vocês, Filipenses, são um comigo. . . percebo-o. . . sinto-o. . . conheço-o pela ex¬periência—embora vocês se encontrem a quilômetros de distância."

Paulo então deu testemunho mais específico da razão da existência deste relacionamento: "seja nas minhas algemas [preso a um guarda romano], seja na defesa e confirmação do evangelho [pregando em meio à oposi¬ção], pois todos sois participantes da graça comigo" (Fp 1:7). Paulo parecia perceber, embora estivesse longe, que os Filipenses estavam juntos dele, partilhando da experiência maravilhosa da graça de Deus, capacitando-o a realizar sua missão neste mundo a despeito das circunstâncias adversas.

Eles também sofriam por Cristo, e Paulo tinha cons¬ciência de tal sofrimento. Assim, Paulo disse mais tarde nesta carta: "Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo, e não somente de crerdes nele, pois tendes o mesmo combate que vistes em mim e ainda agora ouvis que o é meu" (Fp 1:29, 30). Tanto Paulo quanto os Filipenses tinham a graça de Deus que os capacitava a serem verdadeiros ao seu chamado em Cristo.

A motivação de Paulo em orar por estes cristãos também estava baseada neste segundo fator, o idoso apóstolo estava bem certo de que a experiência de salvação dos Filipenses era real e verdadeiramente obra de Deus nos seus corações. Suas orações de ações de graça por estes cristãos eram também de alegria, pois ele confiava que Deus "que começou a boa obra" nestas pessoas haveria de comple¬tá-la até o dia em que Cristo Jesus viesse (Fp 1:6).

Esta "boa obra" a que Paulo se referia era sem dúvida, primeiramente, a obra da redenção de Deus em seus próprios corações tomando-os novas criaturas em Cristo (2 Co 5:17). Mais especificamente, Paulo provavelmente referia-se a "boa obra" da participação na obra da redenção e reconciliação em favor de outros (2 Co 5:18-21). Com cada dádiva que enviavam para sustentar a obra de Paulo, partilhavam da realização da grande comissão de nosso Senhor (Mt 28:19, 20; Fp 4:17). Que Deus te abençoe.

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